sábado, 12 de abril de 2008

8:43

Hoje fez manhã de outono.
Não que a estação estivesse ausente dos calendários, mas apenas hoje ela apareceu escrita no céu, em maiúsculo azul. O vento abraçou as crianças que brincavam sob o sol e as famílias nem perceberam seu braço tímido e conselheiro. As folhas caíram em prenúncio.
Tive certeza de que não há melhor bálsamo: após um grande desastre, qualquer acalento para a humanidade se chamará manhã de outono.

Um comentário:

ítalo puccini disse...

estas linhas - muito bem escritas - me lembraram alguns escritos do Rubens da Cunha, presente no "Aço e nada" que ele recentemente lançou.

Vale a leitura.

abraços,
Í.ta**

BlogBlogs.Com.Br