Hoje fez manhã de outono.
Não que a estação estivesse ausente dos calendários, mas apenas hoje ela apareceu escrita no céu, em maiúsculo azul. O vento abraçou as crianças que brincavam sob o sol e as famílias nem perceberam seu braço tímido e conselheiro. As folhas caíram em prenúncio.
Tive certeza de que não há melhor bálsamo: após um grande desastre, qualquer acalento para a humanidade se chamará manhã de outono.
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Um comentário:
estas linhas - muito bem escritas - me lembraram alguns escritos do Rubens da Cunha, presente no "Aço e nada" que ele recentemente lançou.
Vale a leitura.
abraços,
Í.ta**
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