domingo, 2 de março de 2008

II

Elas.

Sempre elas. Parecem gafanhotos com suas asas de vidro. Cortantes e o mesmo zumbido. Têm aquele gosto verde que se perde na escuridão noturna. Saem aos saltos, milimetricamente pensados, por caminhos tão iguais. Da boca ao ouvido. Da razão ao sentido. Esse jeito tão artrópode de dizer o não dito.

Você falou um exoesqueleto, eu bem vi as falsas vogais.

Palavras articuladas são gafanhotos. Tão verdes, tão pouco naturais.

Um comentário:

Caroline disse...

Deve ser bom voar, se eu pudesse voaria por aí, sem um mapa, ou procurando por setas indicativas. A vida seria mais surpreendente.

Beijos minha linda mais linda de todas as lindas :))

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