domingo, 16 de março de 2008

Monocromático

Teu sorriso parece chover hoje - tão cinza. Há qualquer coisa no canto da boca que denuncia a incerteza. Por que continuas achando que tu não és capaz de seguir adiante?

Deve ser medo que está em teu sorriso hoje.

E mesmo quando falas, pareces antecipar a dor [a dor é um arco-íris em tua voz]. A chuva vai adiante, tu sabes. Enquanto é garoa aqui, é tempestade lá.

Deves ir para dentro de ti para não se molhar.

Por enquanto, só vejo chuva em teu sorriso. Só não te esqueças que, durante o dilúvio, podes até nadar.

2 comentários:

Rubens da Cunha disse...

oi, obrigado pelo comentário no casa de paragens,
lindo esse teu texto, de um lirismo inquietante, eu diria.
vc lançou um livro, né? to curioso, a julgar pelo texto aqui, deve estar muito bom.

abraços
Rubens

ítalo puccini disse...

concordo com o Rubens, este texto fico maravilhoso! forte, direto, sensível por demais. Tão bom isto!
Gosto dos textos curtos aqui presentes ^^

Novidade esta. Não sabias que tinhas lançado outro livro. Como faço para consegui-lo?

beijos,
Í.ta**

BlogBlogs.Com.Br